segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A câmera de vereadores da Serra do Mel RN, foi arrombada , na noite de 29/09/2013.

ERA SÓ O QUE FALTAVA, ontem a noite arrombaram e roubaram o prédio da câmara

 municipal de serra do mel, meus DEUS do céu que FALTA DE SEGURANÇA EM NOSSA 
CIDADE.

.  É bom lembrar que já tocaram  fogo  na prefeitura de Serra do Mel e que muitos documentos importantes foram queimados, isso na véspera da implantação  do portal de transparência.Vale salientar caso haja uma auditoria  na Prefeitura muitas provam viraram cinza.


Quero lembrar aos Serramelenses , que assaltos , Mortes  e insegurança de  maneira geral é como diz a Bíblia, tudo isso é só o começo.  


CIDADÃO DA SERRA DO MEL , SÓ DEUS E SE O POVO DESEJAR  E SE CONSCIENTIZAR AINDA PODE TER JEITO. 


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Depois da noite de ontem , o povo acordou?

Uma prefeitura que recebe de repasse um Milhão e setecentos mil reais mensal , segundo o prefeito em entrevista na Rádio difusora de Mossoró, antes  dele assumir, a folha era oitocentos mil reais. De quem é a responsabilidade, e agora onerou a folha em 50 por cento (um milhão e trezentos mil, entorno de  70 por cento do orçamento da prefeitura)  segundo o prefeito, e isso não é improbidade administrativa, e onde está a lei de responsabilidade fiscal? Vale salientar que os  contratados vão ter que passar por uma grande decepção pois vão ser demitidos, quem manda acreditar nesse tipo de gente? Agora o povo acordou. Acredito que daqui para frente  o povo não vai mais aceitar tanta enganação e a coisa vai enroscar..


BLOG JACÓ COSTA
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Prefeito da Serra do Mel RN , dar entrevista hoje dia 26 de setembro de 2013 na Radio Difusora de Mossoró(PROGRAMA DE ZÉ MENDES) RN e DIZ:


Tem Médicos  na Serra do Mel durante as  24horas ,   todos os dias.Isso no HospitaL

Na administração de Fabio - Prefeito da Serra do mel existem  110 cargos comissionados.

O poço da vila alagoas tem uma vazão de 36 mil litros de água hora e a água não chega a vila Brasilia por que  os moradores da vila alagoas e Sergipe fazem gato na adutora e retiram 20 mil litros de água hora prejudicando a vila de destino dessa água que é a vila Brasilia. disse o prefeito.

quem paga a energia do poço da mato grosso  é a CAERN

Vai  a partir do mês de outubro começa demitir  comissionados e outros

Tem atendimento médico na vilas rurais  normalmente.

disse ainda que a educação vai bem , a saúde melhor ainda , a segurança  o prefeito      estar dando a sua contribuição e o agricultor da serra do Mel recebe da prefeitura toda a atenção. 

estar construindo o colégio da vila sergipo que desabor


Você  cidadão dessa cidade faça uma avaliação desse poucos pontos dessa entrevista e tire suas conclusôes.

Obs  qualquer duvida  a respeito dessas informaçoes é só pedir a gravação da entrevista. Informo ainda que esses são apenas alguns ponto dessa entrevista.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

População de Serra do Mel RN, estar assustada com a onde de violência na cidade .

Grupo armado arromba agencia do Bradesco de Serra do Mel e explode caixa eletrônico


Quatro homens fortemente armados em um veículo tipo Gol Preto de placas não identificadas,arrombaram a agência do Bradesco de Serra do Mel e explodiram o caixa eletrônico levado todo o dinheiro.
A ação criminosa foi registrada por volta das 02h30min desta quarta feira 25 de setembro de 2013.
Segundo informações da gerencia da instituição,os homens chegaram em frente a agência,quebraram a luz do poste de iluminação pública,para facilitar a ação,arrombaram a porta de entrada do banco e explodiram o caixa eletrônico.
A ação durou menos de 20 minutos e após concluida a operação os homens fugiram sentido Vila Goiás,uma porta de saída para a BR 304.
Na delegacia de Polícia Militar apenas dois policiais faziam segurança à população.
Os dois PMs se quer saíram da delegacia para averiguação da situação.


    Os bandidos após deixarem a agência efetuaram disparos para cima para facilitar a fuga.

    terça-feira, 24 de setembro de 2013

    A Presidente do Brasil DILMA ROUSSEFF, discursa na ONU e critica a espionagem eletrônica dos Estados Unidos.



    Presidente fez discurso de abertura da Assembleia das Nações Unidas.
    Para ela, não procede alegação de que espionagem é ação antiterrorismo.

    Nathalia PassarinhoDo G1, em Nova York

    A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (24) em discurso de abertura da  68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, que as ações de espionagem dos Estados Unidos no Brasil “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países.
    Dilma iniciou o discurso, de 23 minutos, lamentando atentado terrorista da semana passada no Quênia que matou mais de 50 pessoas. "Jamais transigiremos com a barbárie", disse.
    Em seguida, passou a criticar as ações de espionagem dos Estados Unidos das quais ela, assessores e a estatal Petrobras foram alvos, segundo revelou o programa Fantástico.
    "Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial", disse Dilma no discurso, tradicionamente proferido pelo presidente do Brasil, primeiro país a aderir à ONU em 1945.
    Imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas."
    A presidente destacou que o Brasil apareceu como alvo "dessa intrusão".
    "Dados pessoais de cidadãos foram indiscriminadamente objeto de interceptação. Informações empresariais – muitas vezes com alto valor econômico e mesmo estratégico – estiveram na mira da espionagem. Também representações diplomáticas brasileiras, entre elas a Missão Permanente junto às Nações Unidas e a própria Presidência da República do Brasil tiveram suas comunicações interceptadas", afirmou.
    Para a presidente, "imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas".
    Diante das delegações de mais de 190 países, inclusive dos Estados Unidos, Dilma afirmou que “não procedem” as afirmações do governo norte-americano de que a interceptação da comunicação de autoridades destina-se a proteger os cidadãos contra o terrorismo.
    A fala de Dilma antecedeu o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama. Na última terça-feira (17), ela anunciou o adiamento da visita de Estado que faria em outubro a Washington, nos Estados Unidos, em razão das denúncias de espionagem.
    A presidente brasileira afirmou que "ações ilegais" são "inadmissíveis".
    As tecnologias de telecomunicações e informação não podem ser novo campo de batalha entre os estados. Este é o momento de criamos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países."
    “Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos fundamentais dos cidadãos de outro país. Não se sustentam argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo”, afirmou Dilma.
    A presidente destacou que o Brasil é pacífico e democrático e não tem histórico de terrorismo. Segundo ela, o país “sabe se proteger” e “repudia” e “não dá abrigo” a grupos terroristas. “Somos um país democrático, cercado de países democráticos, pacíficos e respeitosos do direito internacional”, disse.
    Ao lembrar que lutou na juventude contra a ditadura militar, a presidente afirmou que vai defender “de modo intransigente” o direito à privacidade dos indivíduos.
    “Sem ele, o direito à privacidade, não há efetiva liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva à democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações”, afirmou Dilma.
    De acordo com a presidente, o problema afeta a própria comunidade internacional. "Temos que criar as condições para evitar que o espaço cibernético seja arma de guerra", disse.
    Dilma Rousseff faz discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU e critica práticas de espionagem dos EUA (Foto: Stan Honda/AFP)Dilma Rousseff durante discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU (Foto: Stan Honda/AFP)
    Internet
    Para Dilma, a ONU deve liderar uma iniciativa de regulamentação do papel dos estados em relação às tecnologias. Segundo ela, o Brasil fará uma proposta sobre o tema.
    "A ONU deve desempenhar liderança no esforço de regular o comportamento dos estados frente a essas tecnologias. Por essa razão, o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil mulitlateral para governança e o uso da internet", declarou.
    Segundo ela, "as tecnologias de telecomunicações e informação não podem ser novo campo de batalha entre os estados. Este é o momento de criamos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países”.
    De acordo com a presidente, esse marco regulatório deve garantir sobretudo a liberdade de expressão, privacidade dos indivíduos e a “neutralidade” da rede de computadores. Para ela, o acesso à internet não pode ser impedido por motivos políticos, comerciais ou religiosos.
    Questão interna
    Dilma utilizou parte do discurso para relacionar o que apontou como conquistas sociais e econômicas do governo.
    Ela disse que o Brasil retirmou da pobreza extrema 22 milhões de pessoas em dois anos e reduziu "de forma drástica" a mortalidade infantil. Também lembrou da proposta aprovada pelo Congresso que vinculou à educação 75% dos royaltes da exploração do petróleo e à saúde os outros 25%. Segundo ela, nesta década, o Brasil obteve a maior redução da desigualdade dos últimos 50 anos.
    •  
    Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um conselho de segurança capaz de exercer plenamente suas responsabildaides no mundo de hoje. É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os desafios do século 21. Exemplos disso são a dificuldade no conflito sírio e a paralisia na questão israelo-palestina."
    A presidente fez referência às manifestações de rua em junho. Disse que o governo não tentou contê-las e afirmou que são "parte indiscutível" do processo de construção da democracia.
    "O meu governo não as reprimiu. Pelo contrário, ouviu e compreendeu as vozes das ruas. Porque nós viemos das ruas. A rua é nosso chão, a nossa base. Os manifestantes não pediram a volta do passado. Pediram um avanço para um fuuro com mais direitos, mais conquistas sociais."
    Para ela, os "avanços conquistados" são só um começo.
    "Sabemos que democracia gera mais desejo de democracia, qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida", declarou.
    Economia
    Segundo a presidente, "passada a fase mais aguda da crise internacional",  a economia mundial continua "frágil" e com nível de desemprego "inaceitável", fenômeno que, avaliou, afeta países desenvolvidos e em desenvolvimento.
    Ela defendeu uma ação coordenada para a retomada do crescimento mundial. "Estamos todos no mesmo barco. Meu país está recuperando o crescimento, apesar do impacto da crise."
    Ela voltou a defender a posição do Brasil de se promover uma mudança na composição do Fundo Monetário Internacional (FMI), com a ampliação da representatividade dos países em desenvolvimento.
    "Seguimos apoiando a reforma do FMI. A governança do fundo deve refletir o peso do emergentes e em desenvolvimento. A demora reduz sua legitimidade e eficácia, declarou

    sexta-feira, 20 de setembro de 2013

    O Nordeste do Brasil, em especial o Semi-árido sofre com uma das maiores secas dos últimos 40 anos.


    Introdução


    Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais

    Problemas identificados

    O governo do Brasil, muitas vezes tentou combater os efeitos das secas incentivando e construindo grandes açudes, (Exemplo típico o Açude de Orós), a perfuração de poços tubulares, a construção de cacimbas, e a criação das chamadas "frentes de trabalho".

    Estas atitudes têm sido paliativas, pois movimentam capital, geram sub-empregos e evitam, de certa forma, a migração e o êxodo rural. Porém, a corrupção, o coronelismo e a chamada indústria da seca, têm impossibilitado a resolução definitiva do problema a ser dada não somente com sobreposição de rios e construção de canais para a perenização dos cursos de água, irrigação e fixação do nordestino em seu território, mas também incrementando a democracia, a participação política e a mobilidade social.

    Causas da Seca


    As principais causas da seca do nordeste são naturais. A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas).

    O desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região do sertão nordestino.

    DESENVOLVIMENTO AMPLIADO

    O fenômeno das secas no Brasil se dá por causas naturais, uma região que apresenta alta variabilidade climática, ocorrendo quando a chamada zona de convergência intertropical (ZCIT) não consegue se deslocar até a região Nordeste no período verão-outono no Hemisfério Sul, sobretudo nos períodos de El Niño.

    A ZCIT apresenta um movimento meridional sazonal, com uma posição média anual junto à latitude 5 graus Norte.

    Desde 1605, a região já enfrentou dezenas de períodos de seca.

    Alguns de gravidade tão elevada que geraram aceleração do êxodo rural para outras regiões.

    A seca não é somente um fenómeno ambiental com consequências negativas, mas um fenómeno de dimensões econômicas, sociais e políticas secularmente presente na vida da população do NE brasileiro.

    Trata-se de um problema de distribuição dos recursos naturais, sobretudo da água.

    A seca permite uma medida do quanto a água e a terra encontram-se pouco disponíveis para a porção mais pobre da população rural nordestina.

    A região não é desértica, como se poderia pensar numa primeira abordagem, mas apresenta um clima semiárido. A precipitação anual em Paris (França) é similar em sua quantidade à precipitação sobre partes do Nordeste.

    Mas é claro que a distribuição da precipitação e a quantidade de evapotranspiração são diferentes entre essas regiões.

    No NE a distribuição da precipitação apresenta-se altamente variável de um ano para outro (associada ao fenómeno de variabilidade climática). Por outro lado a evapotranspiração potencial no NE também é relativamente maior devido a maior incidência de radiação solar.

    Assim, a seca nordestina do Brasil é um problema bastante complexo. Ao longo da história brasileira a manutenção das regras sociais, do status quo da elite dominante (oligarquia nordestina) jogou contra uma democratização e distribuição dos recursos ambientais, assim estabelecendo os limites da ação das classes sociais, subordinando uma à outra diretamente.

    Características da região


    - Baixo índice pluviométrico anual (pouca chuva);
    - Baixa umidade;
    - Clima semi-árido;
    - Solo seco e rachado;
    - Vegetação com presença de arbustos com galhos retorcidos e poucas folhas (caatinga);
    - Temperaturas elevadas em grande parte do ano

    Avaliação da tendência de secas e estiagens no NE brasileiro

    > Variabilidade climática no NE brasileiro

    > Tendência climática em áreas de seca

    > Tendência sazonal e anual em áreas de alta variabilidade climática

    > Efeitos do El Niño, La Niña e dos períodos neutros

    > Métodos estatísticos e as suas limitações dos periodogramas

    > Análise de quantis e sua aplicação à tendência climática

    > Aplicação da climatologia física (efeitos das flutuações das circulações globais da atmosfera, da temperatura da superfície do mar, TSM, da posição da Zona de Convergência Inter-tropical, ZCIT, dos dipolos da TSM do Atlântico Norte e Sul, dos Bloqueios associados à posição do Jato de Altos Níveis, JAN, atmosféricos, da presença de Baixas Fechadas de Altitude sobre o Nordeste Brasileiro, etc)

    Cronologia das secas


    Cronologia das secas ( 1583 / 2013 )

    1583/1585 - Primeira notícia sobre seca, relatada pelo padre Fernão Cardin, que atravessou o sertão da Bahia em direção a Pernambuco. Relata que houve "uma grande seca e esterilidade na província e que 5 mil índios foram obrigados a fugir do sertão pela fome, socorrendo-se aos brancos". As fazendas de canaviais e mandioca deixaram de produzir.
    1606 - Nova seca atinge o Nordeste.

    1615 - Seca sem grande repercussão/ efeito.

    1652 - Seca atinge o Nordeste.

    1692/1693 - Uma grande seca atinge o sertão. A peste assola a capitania de Pernambuco. Segundo o historiador Frei Vicente do Salvador, os indígenas, foragidos pelas serras, reuniram-se em numerosos grupos e avançaram sobre as fazendas das ribeiras, destruindo tudo.

    1709/1711 - Grande seca atinge o Nordeste, estendendo-se até a Capitania do Maranhão, espalhando fome entre seus habitantes.

    1720/1721 - Seca alarmante nas províncias do Ceará e do Rio Grande do Norte.

    1723/1727 - Grande seca, fazendo dos engenhos verdadeiras ruínas. Irineu Pinto relata que os fiscais da Câmara pediram a El-Rey que mandasse escravos, pois os da região haviam morrido de fome.

    1736/1737 - Outra seca no nordeste causa prejuízos à região.

    1744/1745 - Seca provoca morte do gado e fome entre a população. Alguns historiadores afirmam que crianças que já andavam, devido à desnutrição, voltaram a engatinhar.

    1748/1751 - Grande seca atinge a região.

    1776/1778 - Uma das mais agravantes, pela falta de chuva e por coincidir com um surto de varíola, iniciado no ano anterior e que se prolongaria até 1778, provocando um alto índice de mortalidade. Quase todo o gado ficou perdido na caatinga. A Corte Portuguesa determinou que os flagelados fossem reunidos em povoações nas margens dos rios, repartindo-se entre elas as terras adjacentes.

    1782 - Foi realizado um censo para determinar a população de áreas sujeitas a estiagens, cujo resultado apontou 137.688 habitantes.

    1790/1793 - Seca transformou homens, mulheres e crianças em pedintes. Foi criada a Pia Sociedade Agrícola, primeira organização de caráter administrativo, cujo objetivo era dar assistência aos flagelados.

    1808/1809 - Seca parcial atinge Pernambuco, na região do São Francisco, onde 500 morreram por falta de comida.

    1824/1825 - Aliada à varíola, grande seca gerou muitas mortes na região nordestina. Os campos ficaram esterilizados e a fome chegou até os engenhos de cana-de-açúcar.

    1831 - A Regência Trina autorizou a abertura de fontes artesianas profundas, na tentativa de resolver o problema da falta de água.

    1833/1835 - Grande seca atinge Pernambuco.

    1844/1846 - Seca de grande proporção provocou morte do gado e espalhou fome entre os nordestinos. Um saco de farinha de mandioca era trocado por ouro ou prata.

    1877/1879 - Uma das mais graves secas que atingiram todo o Nordeste. O Ceará, por exemplo, tinha na época uma população de 800 mil habitantes. Destes, 120 mil (ou 15%) migraram para a Amazônia e 68 mil pessoas foram para outros estados.

    1888/1889 - Grande seca atinge Pernambuco e Paraíba, deixando lavouras destruídas e vilas abandonadas.

    1898/1900 - Outra grande seca atinge somente o Estado de Pernambuco.

    1903/1904 – Vítimas da seca, milhares de nordestinos abandonam a região. Passou a constar na Lei de Orçamento da República uma parcela destinada às obras contra as secas. Criou-se três comissões para analisar o problema das secas nordestinas.

    1908/1909 - Seca atinge principalmente o sertão de Pernambuco. Em 1909 foi criada a Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS).

    1910 - Foram instaladas 124 estações pluviométricas no semi-árido nordestino. Até então, haviam sido construídos 2.311 açudes particulares na Paraíba e 1.086 no Rio Grande do Norte.

    1914/1915 - Seca intensa em toda região semi-árida nordestina.

    1919/1921 - Em conseqüência dos efeitos dessa seca (que teve grandes proporções, sobretudo no sertão pernambucano), cresceu o êxodo rural no Nordeste. A imprensa, a opinião pública e o Congresso Nacional exigiram a atuação do governo. Foi criada, em 1920, a Caixa Especial de Obras de Irrigação de Terras Cultiváveis do Nordeste Brasileiro, mantida com 2% da receita tributária anual da União, além de outros recursos. Mas efetivamente, nada foi feito para amenizar o drama das secas.

    1932 - Grande seca no Nordeste.

    1945 - Mais uma seca atinge o Nordeste. Foi criado o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) que passou a desempenhar as tarefas antes atribuídas à Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, criada em 1919.

    1951/1953 - Grande seca atinge todo o Nordeste.
    1953 - Outra grande seca no Nordeste. O DNOCS propôs um trabalho de educação entre os agricultores, com o objetivo de criar núcleos de irrigação.

    1966 - Seca atinge parcialmente o Nordeste.

    1970 - Grande seca atinge todo o Nordeste, deixando como única alternativa para 1,8 milhões de pessoas o engajamento nas chamadas "frentes de emergência", mantidas pelo governo federal.

    1979/1984 - A mais prolongada e abrangente seca da história do Nordeste. Atingiu toda a região, deixando um rastro de miséria e fome em todos os Estados. No período, não se colheu lavoura nenhuma numa área de quase 1,5 milhões de km2. Só no Ceará foi registrada mais de uma centena de saques, quando legiões de trabalhadores famintos invadiram cidades e arrancaram alimentos à força em feiras-livres ou armazéns.
    Segundo dados da Sudene, entre 1979/1984, morreram na região 3,5 milhões de pessoas, a maioria crianças, por fome e enfermidades derivadas da desnutrição. Pesquisa da Unesco apontou que 62% das crianças nordestinas, de 0 a 5 anos, na zona rural, viviam em estado de desnutrição aguda.
    Os séculos se passaram e o cenário da seca continua o mesmo.

    1993 - Grande seca atinge todos os estados do Nordeste e parte da região norte de Minas Gerais. Só no nordeste, de acordo com dados da Sudene, um total de 1.857.655 trabalhadores rurais que perderam suas lavouras foram alistados nas chamadas "frentes de emergência". Pernambuco foi o estado que teve o segundo maior número de agricultores alistados nessas frentes, com 334.765 pessoas, perdendo apenas para a Bahia (369 mil trabalhadores alistados).
    As perdas de safras foram totais, em todos os Estados Nordestinos.

    1998 - No final do mês de abril, vêm agressivamente, mais uma vez, os efeitos de uma nova seca no Nordeste: população faminta promovendo saques a depósitos de alimentos e feiras livres, animais morrendo e lavouras perdidas. Com exceção do Maranhão, todos os outros estados do Nordeste foram atingidos, numa totalidade de cerca de 5 milhões de pessoas afetadas. Esta seca estava prevista há mais de um ano, em decorrência do fenômeno El Niño, mas, como das vezes anteriores, nada foi feito para amenizar os efeitos da catástrofe.

    2001 - Praticamente um prolongamento da seca iniciada em 1998 (que se estendeu por 1999 e apenas amenizou-se em 2000). A seca de 2001teve uma particularidade em relação às anteriores: ocorreu no momento em que não só o Nordeste, mas todo o Brasil vivia uma crise de energia elétrica sem precedentes em todo a história do País, provocada por falta de investimentos no setor e pela escassez de chuvas. Daí, o nordestino desabafou: "Agora é sem água e sem luz!"

    2012 - O Nordeste tem a pior seca dos últimos 30 anos, desimano quase por completo a Pecuária e Agricultura familiar. A terra sem verde, os rios sem água e os animais magros ou mortos pelos pastos do sertão. Em algumas regiões do semi-árido nordestino não caiu nenhuma gota d'água em 2012.

    2013 - É praticamente a continuação da seca de 2012. A seca já provocou prejuízos da ordem de R$ 5 bilhões no primeiro trimestre só estado do Rio Grande do Norte, 33% do rebanho bovino foram perdidos, sem chuva, até as abelhas deixam o sertão, dizem apicultores. Somente em algumas áreas isoladas a chuva atingiu a média histórica, em grande parte do semiárido brasileiro a seca já é considerada a pior dos últimos 50 anos. No Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e na Paraíba a queda na produção agrícola foi superior a 91%. Em muitas cidades o sistema de abastecimento de água entrou em colapso, ficando assim o abastecimento sendo feito através de carros pipa.

    quarta-feira, 18 de setembro de 2013

    E o mensalão do PSDB quando quando vai ser apreciado?

    Celso de Mello vota a favor de recursos do mensalão e diz que é só "mais um"

    Guilherme Balza e Débora Melo
    Do UOL, em Brasília e em São Paulo

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    O julgamento do mensalão no STF200 fotos

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    18.set.2013 - Manifestante com máscara do ministro Joaquim Barbosa protesta com uma mulher de biquíni em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Após mais de duas horas de argumentação, o ministro Celso de Mello votou a favor dos chamados embargos infringentes no julgamento do mensalão, garantindo uma maioria de seis votos pela reabertura do julgamento de 12 réus nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro Pedro França/Futura Press
    Ao iniciar seu voto sobre o acolhimento ou não dos embargos infringentes no julgamento do mensalão nesta quarta-feira (18), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello disse que o adiamento da decisão a respeito do futuro do mensalão foi uma oportunidade para "aprofundar" sua convicção.

    MINISTRO DE CELSO DE MELLO INDICA QUE ACEITARÁ INFRINGENTES

    • Em 2012, Celso de Mello defende embargos infringentes
    • Não vejo razão para mudar meu voto, diz Celso de Mello sobre infringentes
    A última sessão, na quinta-feira (12), foi encerrada com o placar empatado em 5 votos a favor dos embargos infringentes (Luís Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandoski) e 5 votos contra (Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio). Se aceitos, poderão reabrir o julgamento de 12 réus nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O desempate ficou nas mãos do decano, que votou a favor da aceitação dos embargos.
    "O encerramento da sessão teve para mim um efeito virtuoso, de permitir aprofundar a minha convicção em torno do que está ora em exame", afirmou Celso de Mello durante a leitura de seu voto, que ainda não foi encerrado.
    Na sequência, o  ministro mais antigo do Supremo minimizou a importância de sua decisão. "Meu voto é apenas mais um, que se somará a um grupo de cinco outras manifestações", afirmou.
    Na semana passada, Celso de Mello indicou --de forma indireta--, em entrevista a jornalistas, que votaria a favor dos embargos infringentes, ao citar dois momentos em que se posicionou com relação ao tema.
    Em ambas as ocasiões, Mello defendeu a admissão dos embargos infringentes e afirmou a validade do artigo 333 do regimento interno do STF, que prevê a existência deste tipo de recurso --aqueles que se posicionaram de forma contrária afirmam que o artigo 333 foi revogado com a Lei 8.038, de 1990.
    O ministro disse que todos os regimentos internos do Supremo previram os embargos infringentes. "O que é relevante é que todos os regimentos internos do STF, notadamente aqueles a partir de 1909, 1940, 1970 e o atual, de 1980, todos eles dispuseram sobre os embargos infringentes", disse Mello.
    O decano do STF disse, ainda, que a Corte não pode passar por cima do direito de defesa "de qualquer cidadão" por conta de pressões da opinião pública, que afirmou que "ninguém pode ser privado [do direito de defesa], ainda que este se revele antagônico" ao desejo da sociedade. Na semana passada, os ministros Marco Aurélio e Luís Roberto Barroso tiveram uma discussão sobre o papel da opinião pública no voto dos ministros.
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    Frases do julgamento do mensalão200 fotos

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    18.set.2013 - "O encerramento da sessão teve para mim um efeito virtuoso, de permitir aprofundar a minha convicção em torno do que está ora em exame", afirmou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello, ao iniciar seu voto sobre o acolhimento ou não dos embargos infringentes no julgamento do mensalão nesta quarta-feira (18) Arte/UOL
    "Jamais deixando de reconhecer que todos os cidadãos da República têm direito à livre expressão de suas ideias e pensamentos, torna-se necessário advertir, no entanto, que sem prejuízo dessa liberdade de crítica (...) os julgamentos do Poder Judiciário, proferidos em ambiente de serenidade, não podem deixar-se contaminar dos juízos paralelos resultantes de manifestações da opinião pública que objetivem condicionar o pensamento dos magistrados."
    "O mais importante neste julgamento sobre a admissibilidade dos embargos infringentes é a preservação do compromisso institucional desta Corte Suprema com respeito incondicional às diretrizes que pautam o devido processo penal e que compõem o próprio estatuto constitucional do direito defesa", disse Mello.

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