segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Rendemos nossas Homenagens ao Servidor público do Brasil, desejando a todos dignidade e respeito.

Dia do Funcionário Público


 O serviço público é de suma importância para o desenvolvimento e consolidação de nossa Nação, pois têm como mister servir ao Estado.

 Por isso hoje quero ostentar meu reconhecimento e a minha gratidão, por ser uma beneficiária do produto de um trabalho feito de muita dedicação, pois não há um só lugar em que um funcionário público não esteja prestando serviço à população: nas escolas, nos hospitais, nas repartições e etc... E todos nós sabemos que estes serviços são de extrema importância para toda nação brasileira...

 Então como forma de compensar-los dedico esta singela mais de todo coração homenagem, promovendo a valorização das funções da categoria, e também levando a todos os funcionários públicos o meu grande e forte abraço, enriquecido de votos para que seja viabilizado a toda a classe: “melhores condições de trabalho  e uma melhor remuneração.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

bolsa estiagem - governo do RN e políticos ,mesmo diante da maior seca dos ultimos 50 anos, suspendem Bolsa estiagem.


         

Bolsa Estiagem




       O governo do estado do rio grande do norte não depositou o correspondente a sua participação no programa, essa é a razão do atraso no pagamento do beneficio. O governo nunca se preocupou mesmo com homem do campo. eles , os políticos só lembram do agricultor na hora de pedir o seu voto.Caras de pau...........  O benefício é um auxílio financeiro a agricultores familiares que vivem em municípios em situação de emergência ou calamidade pública reconhecida pelo Governo Federal. Pelo Bolsa Estiagem, cada produtor recebe a quantia total de R$ 720,00 por meio do cartão de pagamento do Bolsa Família ou do Cartão Cidadão.O benefício foi prorrogado para permitir que todos os atendidos recebam o recurso enquanto durar o período de seca. O custo mensal estimado é de R$ 95,1 milhões.Como acessar?Para receber o benefício o agricultor deve possuir a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), estar no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e possuir renda de até dois salários mínimos e não ter aderido ao Programa Garantia-Safra.Os beneficiários do Programa Bolsa Família que se enquadram no perfil para recebimento do auxílio emergencial terão a transferência dos recursos efetuada juntamente com o pagamento do Bolsa Família. Os demais beneficiários receberão via Cartão Cidadão para efetuar os saques nos canais de atendimento da Caixa, de acordo com o calendário do Bolsa Família. Caso não tenha recebido o cartão, o cidadão deve entrar em contato com a agência mais próxima.

Acesse aqui a lista completa dos beneficiários.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Essa é a nossa opinião. mudar a Serra do Mel e o Rio Grande do Norte só depende de nós,

                                                                             Falar na maior seca dos últimos 50 anos , no caos que estar o sistema de saúde do Rio Grande do Norte, falar insegurança  onde a bandidagem explode banco , ameaça o cidadão e mata sem dó e sem piedade ,falar no combate a corrupção eles não falam, no rebanho de bovino , caprinos e ovinos que estão sendo dizimado por falta de atenção da governadora dos Democratas. Os políticos do nosso estado , em especial as oligarquias, Rosado , Maias e Alves que a mais de quarenta anos manipulam a politica do RN, usando da mentira ,e da demagogia barata , da compra de votos  e do analfabetismo da nossa gente   para  se perpetuado no poder.
Vale salientar que Rosalba Ciarline Rosado(Governador do RN)  foi um presente que Garibaldi Alves(senador-PMDB) José Agripino(Senador (DEMOS) e Henrique Eduardo Alves (Deputado Federal -PMDB) junte-se a eles Robson farias(vice governador do RN)deu aos norte-rio-grandense . Toda essa cambada que só tem infelicitado a nossa gente  viram que o projeto Rosalba tinha falido, caíram fora como rato de navio , que começa naufragar , eles: Jose Agripino(o boca mole) querendo elege o seu filho a qualquer custo"Filipe Maia "(hoje deputado federal), Garibaldi Alves  e Henrique volta a dizer que tem um projeto novo para o estado do RN . Essa cambada de enrolão de certa forma são eleito  e reeleito pela nossa incapacidade  , pelo nosso analfabetismo politico. Sabem companheiro quando é que vamos ter uma Serra do Mel e um Rio Grande do Norte  avançado em termos de uma educação de qualidade, saúde para o povo num nível elevado  e uma segurança onde o cidadão possa viver em paz , quando o cidadão tiver vergonha na cara  e revolver de uma vez por toda incinerar esse lixo:  Rosado, Alves e Maia e outros iguais a eles, lixo  maldito. 

sábado, 19 de outubro de 2013

O povo tem sua parcela de culpa na qualidade dos políticos que temos.


depoimento Gilmar
José Agripino e Carlos Augusto Rosado
Penso que os maiores analfabetos políticos são as pessoas que pensam que democracia é apenas votar e falar todo tipo de asneira que lhes vier a cabeça. Muitas pessoas ainda hoje elegem "um Cristo" pra colocar a culpa de todo um sistema, normalmente no presidente que está na presidência naquele momento. Quando as pessoas assim o fazem é ótimo para a manutenção do status quo desse sistema político corrupto e de interesses como o que aí está, pois enquanto culpam um político ou um partido, todos os outros ficam fora do foco como se não tivessem culpa. Então na próxima eleição será sempre a mesma coisa, os mesmos políticos profissionais e de carreira serão eleitos novamente mantendo assim o status quo desse sistema podre que temos aqui. A política brasileira sempre esteve separada por uma linha abissal que se divide em : a situação e a oposição. São dois lados que vivem num eterno "cabo de guerra" onde cada um puxa para o seu lado. É sempre assim, a situção faz algo ou quer fazer e a oposição é contra ou vice e versa. Isso não tem nada a ver com o interesse do povo, mas sim de um grupo de políticos profisionais e suas famílias que estão preocupados apenas com seus interesses pessoais ou dos grupos que representam (os lobistas). Para além dessa linha abissal a união do povo para cobrar ações dos seus representantes e fazer suas próprias reivindiações seria uma forma de mudar o que aí está. Ainda fico com esse texto do Bertold Brecht que reflete um analfabetismo preocupante existente no nosso país! 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A POPULAÇÃO E ATIVIDADE PECUARIA DIANTE DA MAIOR SECA DOS ULTIMOS 50 ANOS.


Seca no Semiárido deixa açudes em situação crítica no Nordeste


Ana Cristina Campos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A seca que afeta o Semiárido nordestino desde 2011 deixou metade dos 504 reservatórios monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA) com menos de 30% da capacidade de armazenamento de água. “Esta é a pior seca nos últimos 30 anos. Se não tivermos um período de chuvas de janeiro a maio em 2014, para recuperar os reservatórios, a situação ficará gravíssima”, disse o superintendente de Regulação da ANA, Rodrigo Flecha Ferreira Alves.
Para garantir o abastecimento para as pessoas, a ANA restringe o uso da água para atividades produtivas como a irrigação e a piscicultura. A agência acompanha a situação 45 açudes e seis rios de domínio federal no Semiárido. Do total, em 16 açudes e três rios são obedecidas as regras da ANA, abrangendo 91 municípios e cerca de 1,9 milhão de pessoas.
A restrição de uso mais recente foi determinada na segunda-feira (7) para o Rio Piranhas-Açu, que corta a Paraíba e o Rio Grande do Norte, e para os açudes de Coremas e Mãe D’Água, ambos na Paraíba, que estão com 34% e 33% da capacidade de armazenamento de água, respectivamente.
Desde a semana passada, nas cidades de Coremas, Pombal, Cajazeirinhas, Paulista e São Bento, na Paraíba, e Jardim Piranhas e Jucurutu, no Rio Grande do Norte, a água só pode ser retirada do rio e dos açudes para qualquer atividade produtiva três vezes por semana das 2h às 11h. A recomendação da ANA é que não seja feita irrigação entre as 11h e as 17h, pois, nesse período, muita água é perdida por evaporação. A agência também alerta para que nenhum novo tipo de cultura seja iniciado neste momento devido à possibilidade de não haver água suficiente.
“A prioridade de uso dos açudes é para abastecimento humano e consumo animal. É muito importante que os agricultores implementem tecnologias de uso eficiente da água. Não se pode ter no semiárido irrigação por inundação”, disse o superintendente. Segundo ele, a ANA monitora constantemente o nível da água para acompanhar o cumprimento das medidas.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconhece que 1.484 municípios nordestinos e do norte de Minas Gerais estão em situação de emergência por causa da estiagem, afetando 10,67 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, o governo federal investe mais de R$ 16 bilhões para reduzir os efeitos da seca e amenizar as perdas econômicas, por meio de ações emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito.
Segundo o ministério, desde janeiro de 2012, o governo destinou R$ 916 milhões para a Operação Carro-Pipa. Sob a coordenação do Exército, foram contratados 5.809 carros-pipa para levar água a mais de 3,8 milhões de pessoas em 815 municípios. Ainda de acordo com a pasta, o Programa Água para Todos entregou 370 mil cisternas e a meta é construir mais 750 mil até 2014. Além disso, o programa prevê a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água para comunidades rurais de baixa renda.
O ministério informou que o Bolsa Estiagem é pago a mais de 1,1 mil pessoas em 1.378 municípios, com a transferência de mais de R$ 1 bilhão. O pagamento de R$ 80 é destinado a agricultores de baixa renda que vivem em cidades atingidas pela seca.
O meteorologista Mozar de Araújo Salvador, do Instituto Nacional de Meteorologia, explicou que a seca iniciada em 2011 ocorre por causa do Dipolo Positivo do Atlântico, fenômeno oceânico que interfere no clima do semiárido ao deslocar a formação de nuvens para o norte da Linha do Equador, aumentando a precipitação no Oceano Atlântico. Assim, as chuvas têm sido bem abaixo da média no Nordeste há três anos. Segundo ele, ainda é cedo para dizer se a região nordestina terá mais chuvas em 2014.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Você vai permitir que baseado na nossa desunião os compradores de caju nos massacre como se nos fossecemos bois dentro de um curral.

A força da comunidade de Serra do mel RN, nesta hoje cidade, antes era um projeto  de colonização e reforma agraria, a comunidade teve uma educação em um trabalhar comunitário, onde as associações desempenhavam uma força muito grande, toda população desta hoje cidade. Depois da emancipação politica surgiu a politica partidária como  elemento de dominação. Na verdade  a criação dessa casta politica  só trouxe prejuízo em termos de mobilização popular . Hoje esse enfraquecimento  do trabalho comunitário traz reflexo  nocivo a qualquer avanço nas questões  econômicas ou sociais. Veja  como estar a politica partidária na cidade, grupos políticos querem através de qualquer meio se manterem no poder, através da corrupção eleitoral,  ameaças, tortura psicológica, empobrecimento da cidade e do  cidadão, tudo isso usado com projeto  pelos políticos para se perpetuar no domínio a qualquer custo da população da nossa cidade.  Na  economia grupos ou pessoas consideradas agiotas ou intermediários tentam de qualquer forma por meio da  fofoca, do boato   mentiroso e de outra formas de manipulação, espalhando no meio da população   ou se utilizando da imprensa  ou de pessoas  a seu serviço dizendo que haverá uma super safra de castanha ou de caju ,  que no estado do Ceara, Piauí  no agreste, tudo para diminuir o preço do nosso produto. Tudo isso, companheiro, porque estamos desmobilizados , desorganizados. A castanha da Serra é a melhor castanha de Cajueiro de Brasil,  a nossa amêndoa é a melhor, só que em prejuízo das famílias que trabalham no corte de castanha, surgiram  os agiotas da amêndoa, esse sustentam o preço pois eles tem os mercados (internos) nas suas mãos, tudo isso por causa da nossa desmobilização . Veja mais recentemente o que está acontecendo com   o nosso CAJU, dois  ou três agiotas começaram comprando a caixa de CAJU a vinte e três(23,00 reais) agora resolveram baixar o preço para vinte reais(20,00 reais) e mais recentemente para  quinze reais(15,00 reais) e Ameaçam baixar para oito reais, isso em toda a Serra do Mel, Finalizo dizendo aos produtores da Serra do Mel-RN, é hora de dizer a esses oportunistas que o produto do Cajueiro é nosso e ele merece respeito. Agora companheiro ou a gente toma posição ,não vendendo  o nosso CAJU por uma semana , quinze dias ou mais , até porque os agiotas do CAJU  querem é que  sejamos escravos deles e eles enriqueçam com o nosso produto e nosso suor. Termino conclamando  a população que não aceite baixar o preço do caju , porque não existem safra de caju nem no ceara , nem no estado do piauí  nem em canto nenhum, eles tem contrato com empresas que processa suco de CAJU, resista e vamos ver no que vai dar.  


vamos nos unir para defender o nosso caju e a nossa castanha e em especial a amêndoa - 0s agiotas e a ganancia. vamos defender nos unindo porque eles se combinam e armam para tomar o fruto do nosso suor. falo intermediário.





   

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Parabéns mestre ou professor educador.Você é um exemplo.

Ser professor é...
Ser professor é professar a fé e a certeza de
que tudo terá valido a pena se o aluno se sentir feliz
pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas pensando
em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo
todos os dias, a cada dia é única e original...

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma, transformar o cansaço
numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa
dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena,
sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés...

Feliz dia dos Professores!
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sábado, 12 de outubro de 2013

Ex-prefeito da Serra do Mel RN , desviou verba e foi condenado.

Justiça condena ex-prefeito de Serra do Mel por desvio de verba-condena-ex-prefeito-de-serra-do-mel-por-desvio-de-verba/88872




O ex-prefeito de Serra do Mel, Francisco Bezerra Lins Filho, foi condenado por desvio de verba do município. O Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública de Mossoró, Airton Pinheiro, condenou o réu ao pagamento de multa civil no valor de R$ 10 mil, em sentença proferida em ação civil pública por ato de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).
Na ação, o Ministério Público Estadual, por intermédio da 4º Promotoria de Justiça da Comarca de Serra do Mel, demonstrou que o ex-gestor utilizou recursos de royalties petrolíferos para a quitação de dívidas do Município referentes aos anos de 2005, 2006 e 2007 com a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern). O ato configura-se como improbidade administrativa.
Ao fazer isso Francisco Bezerra também descumpriu a Lei Municipal nº 223/2005. Esta lei autoriza o Poder Executivo a aplicar o valor mínimo de 20% da arrecadação mensal, proveniente de royalties da Petrobras, em obras de infraestrutura em vilas que compõem o Município.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Rio Grande do Norte , os políticos parasitas estão deixando o povo com a boca escancarada , esperando a morte chegar.



Açudes do Rio Grande do Norte estão com 20% da capacidade

Toinho Dutra
Com reservatórios secos, população do semiárido potiguar clama por água
FABIANO SOUZA
Da Re­da­ção
fabianosouz@hotmail.com
Tem se tornado cada vez ingloriosa a luta dos sertanejos que estão perdendo a luta contra a pior estiagem enfrentada pelos nordestinos nos últimos 50 anos. A falta de chuva prolongada, que castiga principalmente os  municípios do sertão, atinge milhares de pessoas no Rio Grande do Norte.
A situação mais crítica está sendo vivenciada pelos moradores dos municípios das regiões Oeste e Seridó.
Os estragos causados e os impactos atingem não apenas as comunidades rurais de alguns municípios, mas também as áreas urbanas. Poços e pequenos reservatórios secaram e os açudes  que abastecem as cidades nessas duas regiões estão com menos de 20% de sua capacidade. Os dados são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e  dos Recursos Hídricos (SEMARH), que, em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), monitora os açudes no Rio Grande do Norte.
O açude de Pau dos Ferros, que abastece diversos municípios da região do Alto Oeste, tem uma das piores situações. De acordo com a última medição feita no dia 26 do mês em curso, o açude está com apenas 11,67% de armazenamento. Há quase dois meses, a população deixou de utilizar a água que vem do sistema de abastecimento, já que a água que sai das torneiras apresenta forte odor e cor turva. Com isso, tem sido comum observar carros-pipas e pessoas com baldes e latas nas mãos em busca de água. O açude de Lucrécia, que fica na região do Médio Oeste e também abastece vários municípios, está com apenas 11,07% de sua capacidade, segundo a medicação feita no dia 11 deste mês.
Nas regiões Oeste e Vale do Açu, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assú, que abastece dezenas de municípios nas duas regiões, está com 40,81% de sua capacidade, na medição do último dia 26.
Em pior situação estão os reservatórios do Seridó. O açude Itans, em Caicó, está com 16,64%. O Dourados, em Currais Novos, se encontra com 4,23%, sem oferecer mais condições para o consumo humano.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A seca no nordeste do Brasil e a indústria da alienação politica.

O DESAFIO DA CONVIVÊNCIA


A estiagem é um fenômeno da natureza. A fome, a miséria e a morte daí decorrentes, porém, são produtos da ação humana e das políticas dirigidas a essas regiões e populações. Não são, portanto, fenômenos naturais. A seca é política
por Naidison de Quintellla Baptista, Antonio Gomes Barbosa, Alexandre Henrique Bezerra Pires
(O Semiárido brasileiro já conta com mais de 700 mil cisternas para o consumo humano)
Chuvas irregulares e mal distribuídas são características do Semiárido. Significa chover em alguns lugares mais que em outros e que nem sempre as águas que caem são suficientemente armazenadas para atender às necessidades das pessoas. Quando esse processo se intensifica, há as grandes secas. Desde 2010 o Semiárido brasileiro passa por uma das maiores secas dos últimos trinta anos.
Segundo a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa do Governo de Pernambuco, nesse estado a lavoura do milho decresceu 80,4%; a do feijão, 70,3%; as lavouras temporárias, 11,7%; e a pecuária, 28,4%. Outros dados, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), mostram que a Bahia diminuiu em 44,4% a lavoura do feijão; 23% a da mandioca; e 8,1% a do milho. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a agropecuária diminuiu em 20,11%.
Esses fatos geram impactos em toda a economia e prejudicam a todos: os ricos e os pobres, os grandes e os pequenos. No entanto, são os sem-terra, os agricultores familiares, os mais pobres que sofrem perdas irremediáveis, que colocam em risco seus rebanhos, suas sementes, suas famílias e sua própria vida. Os testemunhos e constatações nesse campo são publicados a cada dia e são irrefutáveis. No Brasil, de cada dez famílias de agricultores que vivem no meio rural, cinco estão no Nordeste, sobretudo no Semiárido. Portanto, a desestruturação é sentida diretamente nas economias locais. E, globalmente, todos sentimos esse fenômeno na elevação do preço dos alimentos.

Um fenômeno político
Nesse contexto, algo é evidente: a estiagem é um fenômeno da natureza. A fome, a miséria e a morte daí decorrentes, porém, são produtos da ação humana e das políticas dirigidas a essas regiões e populações. Não são, portanto, fenômenos naturais. A seca é política.
Por isso, é importante avaliar as estratégias e políticas que se dirigem ao Semiárido. Para tanto, vamos utilizar reflexões a esse respeito publicadas pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). A rede afirma que a seca atual, embora ainda contenha em si as mazelas e injustiças do projeto político da indústria da seca, “traz consigo outro viés que tem tornado a população mais capaz de resistir, de ser cidadã e deixar de ser manipulada”.1
A existência de uma população com tais características só é possível quando associada a processos de convivência com o Semiárido. Para a ASA, estase estrutura na posse da terra e na ideia de resgate e valorização dos conhecimentos e potencialidades de agricultores e comunidades, na construção de inovações sócio-organizativas de produção, de economias baseadas na solidariedade e na participação.
No entanto, para que a convivência com o Semiárido se torne paradigma dominante na região, máxime nas políticas, será preciso, primeiro, derrotar a hegemonia do combate à seca.
Nesse sentido, a ASA destaca:
“No Brasil e no Semiárido, as secas sempre foram oportunidade fértil para as oligarquias aumentarem suas posses de terras, se locupletarem dos recursos públicos, conseguirem, com recursos públicos, obras vultosas e caras para beneficiar suas propriedades e de seus comparsas políticos, enraizarem seu poder político à custa da miséria da população, exposta em filas à busca de gotas de água e migalhas de alimentos. Aliadas a esse quadro, as secas expulsam de suas terras e de seu torrão natal centenas de milhares de cidadãos do Semiárido...
A oligarquia e os políticos dela oriundos e a ela ligados sempre explicaram esse fenômeno como algo de responsabilidade da natureza, esquecendo-se, intencionalmente, das decisões políticas deles próprios e dos governantes. Creditam, assim, à natureza aquilo que é responsabilidade e resultado das decisões políticas”.
Reconhecendo os avanços e limites do que está sendo feito hoje, a ASA afirma:
“Efetivamente muitas políticas e programas se espalham pelo Semiárido, tornando-o, de certo modo, diferente, mais humano, mais adequado à convivência com o clima e suas intempéries...
Eis alguns exemplos:
O Bolsa Família, acrescido do Bolsa Estiagem, enquanto ações emergenciais; a extraordinária malha de captação de água construída no Semiárido através das cisternas, resultado da ação de vários parceiros que com isso se envolveram, especialmente a ASA e o governo federal; essa malha, contando com mais de 700 mil cisternas de consumo humano, armazena milhões de litros de água outrora desperdiçados e o faz de forma democrática e desconcentrada; a malha de captação e distribuição de água para produção e dessedentação de animais, através das mais variadas tecnologias sociais; as adutoras e processos semelhantes de abastecimento da população.
As ações do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de compra da alimentação escolar (Pnae), que estruturaram propriedades, criaram e enraizaram bancos de sementes e processos de armazenamento de grãos e sementes; o crédito destinado à agricultura familiar e os processos de assistência técnica, embora ainda carentes de uma adequação mais radical à realidade do Semiárido e agroecologia e carentes, igualmente, de uma radical desburocratização; os processos agroecológicos implementados, especialmente em razão da teimosia de ONGs.
Todos esses processos fizeram que o Semiárido estivesse um pouco mais preparado para esta seca... e atravesse-a com vida digna”.
No entanto, se todos esses elementos são importantes e fundamentais, é estratégico deixar claro que esses processos ainda não são políticas universalizadas e, por isso, a miséria e a fome perpassam o Semiárido neste momento.
Enquanto elemento estruturante e essencial para efetivação da plena convivência com o Semiárido, a ASA é enfática sobre a urgente necessidade de enfrentar o problema do acesso à terra na região. Para tanto, destaca:
“Em todo tempo, mas especialmente numa época de seca, é perceptível a necessidade de uma reforma agrária eficiente e adequada ao Semiárido, para garantir terra para as pessoas viverem e trabalharem [...]. O governo, no entanto, teima em ignorar esse problema. Efetivamente, ou se disponibiliza o acesso à terra ou milhares e milhares de famílias do Semiárido nunca terão as efetivas condições de conviver com o Semiárido, porque lhes faltará o espaço necessário para guardar a água, produzir e armazenar alimentos, criar animais, plantar”.
Indo além, constata-se que a convivência com o Semiárido está direta e umbilicalmente associada à cultura do estoque. Estocar é uma estratégia que muitas famílias da região já praticam e que precisa ser ampliada e incentivada. Por isso, o limite da terra impede a convivência e a vida no Semiárido.

A convivência na prática
A ASA, ao falar em cultura, política e estratégia de estoque, expressa a necessidade de que a assistência técnica, o crédito, as infraestruturas e todas as ações desenvolvidas com os agricultores na região explicitem e dinamizem essa perspectiva. Essa não é uma dinâmica nova na humanidade, mas uma característica principalmente de regiões em que as condições para plantio são temporais e exigem estratégia de manutenção e armazenamento de alimentos.
Aqui, ao dar relevo a essas estratégias, estabelecemos uma relação com o que vem fazendo a ASA em parceria, sobretudo, com o Estado brasileiro e a cooperação internacional:
1) Estocar água para os períodos de poucas chuvas. Os programas Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da ASA, têm garantido as condições mínimas das famílias terem acesso à água para o consumo humano e para a produção. Atualmente são mais de 700 mil famílias com água para o consumo humano, o que corresponde a aproximadamente 3,5 milhões de pessoas. Alegra-nos constatar que a proposta de cisternas da ASA se transformou no Programa Cisternas do governo federal, que busca atender a 1,25 milhão de famílias e, por conseguinte, contemplar 6,25 milhões de pessoas.
2) Selecionar e estocar as melhores sementes nativas para o plantio nos anos seguintes e armazenar também para o consumo. Essas práticas garantem às famílias camponesas um forte grau de soberania sobre sua produção e seu alimento, além de preservar os conhecimentos locais e possibilitar a construção de relações solidárias, gerando autonomia e consciência político-organizativa, e fortalecendo as redes locais de troca e produção de conhecimentos e material genético. Hoje, em razão do trabalho de centenas de organizações, estão estocadas em casas comunitárias de sementes dezenas de variedades de sementes agrícolas crioulas. É essa prática que ainda tem preservado as sementes crioulas da contaminação dos transgênicos e de outras iniciativas do agronegócio que degradam os conhecimentos tradicionais e a biodiversidade.
A instalação de uma unidade da Monsanto, uma das dez maiores empresas multinacionais de produção de agrotóxicos e sementes híbridas, na cidade de Petrolina, no Semiárido pernambucano, constitui forte ameaça à agricultura familiar camponesa na região. Iniciativas dessa natureza dialogam com um modelo de desenvolvimento rural ultrapassado quando olhamos as dimensões da sustentabilidade, uma vez que está baseado na dependência de insumos, no esgotamento dos recursos naturais e na degradação socioambiental.
Esse tipo de investida, que conta com apoio do Estado brasileiro, segue na contramão de uma necessidade planetária de mudança no padrão de produção e consumo, que permita minimizar as mudanças no clima e como consequência os impactos nas populações mais vulneráveis, entre as quais aquelas do Semiárido brasileiro. Também se torna contraditório na medida em que outras estratégias são percebidas, como é o caso da criação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo).
3) Estocar alimento para os animais valorizando o cultivo e uso de plantas da Caatinga é algo também significativo. São várias as estratégias adotadas pelas famílias, desde o cultivo de espécies como palma e mandacaru, essenciais para a manutenção dos rebanhos. As práticas mais comuns são os campos de proteínas com espécies forrageiras e o manejo sustentável da Caatinga, assim como as práticas de armazenamento com o feno e o silo.
4) A criação de raças adaptadas ao clima e às necessidades das famílias integra também as preocupações relacionadas às condições de viver e produzir no Semiárido. No entanto, não é difícil encontrar iniciativas, muitas delas com financiamentos públicos, que estimulam a criação de raças de animais com origem em climas não semiáridos, sob a alegação de melhoramento genético.
5) Outra iniciativa estratégica na convivência com o Semiárido e que tem gerado transformações para muitas famílias na região são os Fundos Rotativos Solidários (FRS). Esses fundos, cuja gestão é feita pelos próprios grupos e associações locais, têm possibilitado o acesso rápido e desburocratizado a pequenos recursos que são utilizados principalmente para incrementos de infraestruturas produtivas: melhoria de cercas, bombas para pequenas irrigações, melhoria dos currais dos animais, equipamentos para criação de abelhas, equipamentos para beneficiamento da produção, máquinas para produção de forragem, entre outras necessidades. Esses recursos, em sua maioria oriundos de apoios internacionais, têm possibilitado uma maior participação das mulheres, sobretudo nas atividades econômicas da produção familiar. Esse tipo de iniciativa econômica favorece a construção de laços de solidariedade entre as pessoas, organizações locais e comunidades, de modo que a inadimplência no repasse dos recursos é insignificante do ponto de vista percentual. O governo, no entanto, atua com enorme resistência quando se trata de ampliar essas experiências e nelas injetar recursos.
Muitas dessas práticas de convivência com o Semiárido estão registradas nos boletins O Candeeiro, ferramenta de comunicação utilizada pela ASA para disseminar esses conhecimentos, assim como na plataforma “Agroecologia em Rede”, um sistema de informação sobre iniciativas em agroecologia de iniciativa da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
A história é dialética. Desse modo, importa perceber o significado desse conjunto de estratégias de convivência com o Semiárido, todas simples, acessíveis, protagonizadas pelas famílias agricultoras e que contam, em muitos casos, com o apoio dos governos; importa reconhecer os avanços no campo das políticas públicas para a agricultura familiar camponesa. No entanto, isso é muito pouco. Assim, é preciso questionar profundamente iniciativas que vão de encontro a esses processos, como a continuidade de investimento em grandes obras no Semiárido, em sua maioria excludentes e que reproduzem as políticas de combate à seca, entre as quais a transposição do São Francisco; questionar o financiamento de projetos que degradam a biodiversidade e esgotam os recursos naturais; questionar a omissão do governo no que se relaciona ao problema do acesso a terra; questionar o persistente modelo de assistência técnica que desvaloriza os conhecimentos locais e apregoa a dependência de insumos químicos, assim como a falta de investimentos em uma matriz energética que preserve os recursos naturais e biológicos e iniciativas que colocam em xeque a soberania alimentar e nutricional da população do Semiárido e sua autonomia política nas decisões sobre caminhos para uma vida com mais dignidade.
Naidison de Quintellla Baptista

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Como é bom viver em comunidade.




Onde na Bíblia fala sobre a primeira comunidade cristã?


Leia mais sobre Atos dos Apóstolos
O livro que conta os primeiros passos da comunidade cristã após a morte e ressurreição de Cristo é o Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento. Lucas, o autor desse livro, conta que os Apóstolos, após a ressurreição de Jesus receberam o Espírito Santo e começaram a propagar a Boa Nova, primeiro em Jerusalém e depois também fora de Israel, com Paulo.
A passagem clássica que resume como era a primeira comunidade se encontra em Atos dos Apóstolos 4,32-35:
(34) A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum.
(33) Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da ressurreição do Senhor, e todos tinham grande aceitação
(34) Não havia entre eles necessitado algum. De fato, os que possuíam terrenos ou casas, vendendo-os, traziam os valores das vendas (35) e os depunham aos pés dos apóstolos. Distribuía-se então, a cada um, segundo sua necessidade.


sábado, 5 de outubro de 2013

Os Agiotas do CAJU pregam mentira na Serra do Mel RN para comprar o o produto do produtor quase de graça.

A força da comunidade de Serra do mel RN, nesta hoje cidade, antes era um projeto  de colonização e reforma agraria, a comunidade teve uma educação em um trabalhar comunitário, onde as associações desempenhavam uma força muito grande, toda população desta hoje cidade. Depois da emancipação politica surgiu a politica partidária como  elemento de dominação. Na verdade  a criação dessa casta politica  só trouxe prejuízo em termos de mobilização popular . Hoje esse enfraquecimento  do trabalho comunitário traz reflexo  nocivo a qualquer avanço nas questões  econômicas ou sociais. Veja  como estar a politica partidária na cidade, grupos políticos querem através de qualquer meio se manterem no poder, através da corrupção eleitoral,  ameaças, tortura psicológica, empobrecimento da cidade e do  cidadão, tudo isso usado com projeto  pelos políticos para se perpetuar no domínio a qualquer custo da população da nossa cidade.  Na  economia grupos ou pessoas consideradas agiotas ou intermediários tentam de qualquer forma por meio da  fofoca, do boato   mentiroso e de outra formas de manipulação, espalhando no meio da população   ou se utilizando da imprensa  ou de pessoas  a seu serviço dizendo que haverá uma super safra de castanha ou de caju ,  que no estado do Ceara, Piauí  no agreste, tudo para diminuir o preço do nosso produto. Tudo isso, companheiro, porque estamos desmobilizados , desorganizados. A castanha da Serra é a melhor castanha de Cajueiro de Brasil,  a nossa amêndoa é a melhor, só que em prejuízo das famílias que trabalham no corte de castanha, surgiram  os agiotas da amêndoa, esse sustentam o preço pois eles tem os mercados (internos) nas suas mãos, tudo isso por causa da nossa desmobilização . Veja mais recentemente o que está acontecendo com   o nosso CAJU, dois  ou três agiotas começaram comprando a caixa de CAJU a vinte e três(23,00 reais) agora resolveram baixar o preço para vinte reais(20,00 reais) e mais recentemente para  quinze reais(15,00 reais) e Ameaçam baixar para oito reais, isso em toda a Serra do Mel, Finalizo dizendo aos produtores da Serra do Mel-RN, é hora de dizer a esses oportunistas que o produto do Cajueiro é nosso e ele merece respeito. Agora companheiro ou a gente toma posição ,não vendendo  o nosso CAJU por uma semana , quinze dias ou mais , até porque os agiotas do CAJU  querem é que  sejamos escravos deles e eles enriqueçam com o nosso produto e nosso suor. Termino conclamando  a população que não aceite baixar o preço do caju , porque não existem safra de caju nem no ceara , nem no estado do piauí  nem em canto nenhum, eles tem contrato com empresas que processa suco de CAJU, resista e vamos ver no que vai dar.  


vamos nos unir para defender o nosso caju e a nossa castanha e em especial a amêndoa - 0s agiotas e a ganancia. vamos defender nos unindo porque eles se combinam e armam para tomar o fruto do nosso suor. falo intermediário.





    

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Investimento do Governo Federal do Brasil na agricultura Familiar para safra 2013/2014.

 

Governo lança Plano Safra 2013-2014 para agricultura familiar do estado do Rio de Janeiro


O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou, nesta sexta-feira (9), na cidade de Casimiro de Abreu, o Plano Safra 2013-2014 para a agricultura familiar do estado do Rio de Janeiro. Foram disponibilizados R$ 39 bilhões para o setor, sendo R$ 21 bilhões para operações de crédito em todo o Brasil. O evento marcou, ainda, a entrega de 100% das retroescavadeiras a 35 municípios fluminenses contemplados pela segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller, com este plano, o governo federal garante que não faltarão recursos para a agricultura familiar fluminense e brasileira, já que a nova edição do Plano Safra vai investir R$ 39 bilhões no fortalecimento da agricultura familiar brasileira em todo o país.
O Plano Safra visa garantir ao produtor familiar maior capacidade de investimento, inovação tecnológica e segurança para produzir, o que resulta em alimentos de melhor qualidade e em maior quantidade para o país.
“Nós não podemos ter um país desenvolvido se não tivermos uma agricultura familiar forte. Para crescer é preciso distribuir renda e aumentar a capacidade de consumo. E quando se aumenta a capacidade de consumo, temos a necessidade de produzir mais. Essa produção passa pelos agricultores familiares, responsáveis pela maior parte dos alimentos consumidos no Brasil”, disse Laudemir Muller.
Ganho real
Entre os anos de 2003 e 2011, houve um ganho real na renda dos agricultores familiares brasileiros de 52%. O avanço se deu graças às políticas públicas para o meio rural, que estão alcançando este público. Em dez anos, o crédito disponível para a agricultura familiar cresceu 290%, passando de R$ 5,4 bilhões na safra 2003-2004 para R$ 21 bilhões em 2013-2014. Além do montante, os financiamentos têm condições diferenciadas de juros, que variam de 0,5% a 2% ao ano para investimento e entre 1,5% e 3,5% para custeio.
Dentre as ações do Plano Safra no estado, se destacam as compras institucionais realizadas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).  Os dois programas são responsáveis pelo escoamento de grande parte da produção familiar fluminense, em especial de assentamentos da reforma agrária, que no Rio de Janeiro abrigam mais 5,2 mil famílias.
Para esta safra, o governo federal disponibilizará R$ 1,2 bilhão para o PAA em todo o país. A expectativa é que as prefeituras movimentem mais R$ 1,5 bilhão por meio do Pnae.
“Esses programas vieram para dar uma sacudida na produção do Rio de Janeiro. A maioria dos agricultores familiares não acreditava mais que era possível gerar renda trabalhando no campo, pois só vendiam para atravessadores, que ficavam com a maior parte do lucro. A chegada do PAA e, depois, do Pnae, viabilizou e fortaleceu a diversificação da produção no nosso estado“, pontua a gerente geral da União das Associações e Cooperativas Usuárias do Pavilhão 30 (Unacop), Margareth Teixeira.
Recorde
O fechamento da última safra, 2012-2013, ultrapassou, pela primeira vez, o valor anunciado em crédito para a agricultura familiar pelo governo federal. Foram firmados mais de 2,2 milhões de contratos, totalizando aproximadamente R$ 19,2 bilhões, valor 7% maior que os R$ 18 bilhões ofertados.
Nesta safra, de acordo com a projeção feita pelo MDA baseada nos contratos firmados na última safra, há expectativa de contratação de R$ 150 milhões em créditos.
PAC 2
As 35 retroescavadeiras entregues somam um investimento de cerca de R$ 5,5 milhões para o estado. A ação beneficiará cerca de 140 mil pessoas que vivem e trabalham no meio rural. As máquinas serão importantes para a construção e manutenção das estradas vicinais no estado, facilitando, assim, o escoamento da produção agropecuária, em especial da agricultura familiar.
Além disso, os equipamentos servirão para a construção de reservatórios e tanques de piscicultura, que são demanda dos produtores familiares do Rio de Janeiro. No estado, 55 municípios serão beneficiados com a entrega do maquinário do PAC 2. Cada um deles receberá, além da retroescavadeira, uma motoniveladora e um caminhão-caçamba, totalizando 165 máquinas. Um investimento previsto de mais de R$ 44,3 milhões e que alcançará cerca de 250 mil produtores rurais.
Fonte: Portal Planalto com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário